texto por Jean Ouriques - atleta e técnico EkipeRokaz
É engraçado quando após muitas vias e boulders escalados
através de anos e anos, você percebe que tem alguns que te marcaram de maneira
diferente, não somente por um movimento, ou pela beleza da linha, ou pela
batalha, nem pelo tempo que gastou ali naquele mesmo pedaço de parede e sim porque
aquela linha possui todos os elementos com o qual a escalada fica mais
divertida e envolvente... Engraçado porque
você se acha tão impotente logo após a primeira entrada.
“Caraca a próxima costura é lá na casa do *&¨%$¨&...”
“Nossa fazer esses lances sem descanso vai ser osso...”
“Jamais vou pular essa costura!! Sem chance...”
“Mais de 100 movimentos... Ah ta de brincadeira né! Esse
número só pra treinar resistência e olhe lá!”
“Acho que nem consigo me lembrar da via toda...”
A “ Kriptonita” me trouxe todos esses pensamentos,
principalmente na primeira entrada. Quando desci da via pela primeira vez eu
tinha praticamente certeza que aquela via não me veria durante um bom período,
tipo anos! Isso é o que pensei até acordar no dia seguinte e perceber que não
conseguia parar de pensar nela, revendo os movimentos, tentando resolver o crux
na minha cabeça. Pronto estava decidido ela seria minha muleta (motivação) para
retomar minha escalada após uma grave luxação que tive no punho direito no
final de agosto de 2012 e o qual me fez praticamente para de escalar o resto de
2012. O problema que isso aconteceu logo em dezembro época que a escalada fica
muito prejudicada pelas chuvas, ou seja minhas entradas foram controladas pelas
chuvas, parte boa que deu para trabalhar bem o crux da via, porque esse é em
uma parte da parede que não molha. Outro problema que estava retornando a
escalar no limite após meses de molho, ou seja meu físico não era nem de perto
o que eu gostaria de ter para trabalhar uma via dessa magnitude.
Após 2 meses indo frequentemente aos finais de semana a
serra do cipó esses pensamentos sumiram rapidamente, e só existia aquele que
quer se superar para conseguir encadenar a linha, essa linha escolhida não por
afinidade de estilo, não por um momento físico técnico perfeito para escalar no
seu limite, e sim por uma via que ao ser escalada não permite você parar de pensar
em cada um de seus 55 metros e cento e poucos movimentos até que o momento mais especial da escalada
acontece...
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Jean,
ResponderExcluirFoi incrível poder presenciar o seu trabalho nessa via! A gente começa a acreditar que existem superpoderes correndo nessas veias. Sei que além de linda a via, foi lindo também dar seg e assistir essa cadena emocionante, adrenante, alucinante, tudo "ante", rsrsrs, ao vivo, bem a minha frente! O meu orgulho por você, pela sua escalada, pela sua paixão e pela sua dedicação me comovem e me move cada dia mais!
Parabéns e eu sei que você ainda chegará mais longe do que você mesmo pode imaginar! Incrível! Te amo demais! Você merece!
Beijos,
Pati Antunes
Boa JLO. Saudades de Voce Coach.
ResponderExcluirQue Horas vc esta ficando na Rokaz?