Hoje ouvi uma frase muito verdadeira e
interessante: "Não importa quantas vezes você bate, o que realmente
importa é o quanto você consegue apanhar, pois a maior das surras quem te dá é
a vida!" As minhas duas ultimas semanas não foram as melhores. Primeiro
porque tinha acabado de voltar de viagem, ai rola aquela típica ressaca pós
trip. Depois veio a desmotivação, falta de pressão e vontade até pra pegar nas
agarras ou criar um boulder... Tenso, não conseguia treinar de jeito nenhum. E
pra fechar com chave de ouro fiquei com ombros e braços travados a ponto de não
conseguir vestir um casaco sozinha. Parecia até inferno astral!
Após dois dias de recuperação com muito
descanso, gelo, massagem e fisio, acordei renovada. Nesse
mesmo dia, fui chamada pra escalar em Ouro Preto, animei na hora.
Despretensiosamente,
resolvi entrar num projeto que estava trabalhando logo como primeiro boulder do
dia, o "Conhaque Presidente", V8 de regletes bem pequenos e movimentos de pé
precisos, saindo de uma viradinha inclinada. Fui surpreendida e
ao mesmo tempo presenteada pelo boulder, já havia trabalhado ele antes, mas
esse pega foi diferente. Entrei mais soft, com os movimentos na cabeça. A
primeira entrada foi aquela clássica, pra aquecer e pegar o ritmo do boulder, já no segundo pega consegui travar num reglete mínimo, mas esqueci de um pé que
foi suficiente pra me derrubar. Respirei, mentalizei e no terceiro do dia pega o
boulder encaixou perfeito, os movimentos pareciam estar milimetricamente ensaiados,
as mãos aquecidas e a textura ideal. A virada do boulder estava molhada, mas na
cadena eu nem pensei duas vezes, peguei num gaston molhado, subi os pés e fui
pro topo. O boulder finalmente era meu e dessa vez eu levei essa incrível cadena, meu primeiro V8, pra casa!
Irado!
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